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27.6.06

Alguns apontamentos roubados de uma visita à internet e outros quitutes

Erly Vieira Jr
(Publicado em 31.05.2006)

Confesso que ando meio sem inspiração. Por isso, hoje a coluna vai virar um caderninho de notas. Quem sabe não virem colunas futuras?

A primeira constatação é a de que, eu, até hoje, não indiquei a comunidade Literatura do ES, Fundada pelo Francisco Grijó e destinada a discutir e divulgar a literatura produzida aqui no Estado. A comunidade já conta com 291 membros, a maioria estudantes secundaristas e universitários que deixam o debate acirrado em alguns tópicos.

Por falar em estudantes, eu confesso que ainda não falei dos livros de autores capixabas que estão na lista do vestibular da Ufes: Os mortos estão no living, do Miguel Marvilla, e O capitão do fim, do Luis Guilherme Santos Neves. Confesso que, assim que terminar de ler O capitão..., farei uma coluna a respeito. Prometo que não demoro.

Por falar em internet, alguma vez eu cheguei a divulgar o blog do Orlando Lopes, o Indu´stria Te^xtil (não errei a grafia, os acentos são depois das letras mesmo...)? Nele, Orlando posta dicas de obras de literatura e filosofia, e alguns poemas inéditos de excelente lavra.

Aproveitado a deixa, embora eu vá fugir do assunto literatura, é o blog Jazz Seen que me faz sentir um burro, tamanho o domínio que seus autores têm do mundo do jazz. Eu nem me arrisco a responder as perguntas que eles lançam. Aí você me pergunta: o que isso tem a ver com literatura? Bom, eu fiquei sabendo do blog no dia em que visitei uma reunião do Clube das Terças-Feiras (sim, ele existe!), a "irmandade semi-secreta" freqüentada pelo personagem mais "cheio de nove horas" da literatura contemporânea produzida aqui no Estado, o inesquecível Garibaldi. O clube foi imortalizado por Reinaldo Santos Neves em suas crônicas publicadas no site Estação Capixaba e os autores do blog estão metidos nesse negócio aí (o tal do "Clube") até o pescoço!

Voltando ao assunto Orkut, vocês alguma vez deram uma passadinha na comunidade dedicada à Clarice Lispector? Depois dizem que os fãs dela não são bizarros... Tem um tópico que pede pra continuar a anterior com cinco palavras. Claro que os mais loucos logo trataram de participar, exaltando a cópia da cópia da cópia de um estilo clichê que nunca teve a maestria da Clarice, mas que o senso comum resolveu denominar clariceano. Detalhe: o tópico tem mais de quatro mil e duzentas respostas, uma em seqüência à outra. Tem louco pra tudo no mundo, inclusive pra reunir esse texto coletivo e publicar, segundo reza o boato. Nessas horas, baixa uma "Regina Duarte" em mim, que me faz repetir três vezes: "Eu tenho medo! Eu tenho medo! Eu tenho medo!"

Pra encerrar, um último assunto roubado da internet, talvez a notícia mais bem-humorada dos últimos tempos: Aurélia, a dicionária da língua afiada. Sim, é um dicionário (ou melhor, uma "dicionária", porque bicha adora se referir a tudo no feminino, é um tal de "a" André, "a" Marcos, "a" Falabella, "a" Michael Jackson...) que traduz os termos do linguajar gay. Já estamos correndo atrás do livro, e do autor, pra contar tudinho pra vocês em breve... Mas o mais divertido disso tudo é que nem a editora que publica o Dicionário Aurélio, nem a viúva do próprio aceitaram muito bem a "homenagem". Fizeram questão de dizer que não é homofobia, porque a gente sabe que não ser politicamente correto pega muito mal nos dias de hoje. Cê jura, néam? Na verdade esse povo gosta mesmo é de dar "piti" por qualquer coisa. Ah, você não sabe o que é "piti"? Tem lá na mesma matéria daquele grande jornal de circulação nacional, de onde roubei esta "notícia"... Hehehehe...

Mas o mais legal desse negócio todo foi que deu vontade de fazer um dicionário também, mas das expressões que minha mãe usa e das quais eu, ultimamente, tenho me apropriado: "morde aqui pra ver se sai coca-cola"; "dá vontade de esgüepar você!", entre outras. Ela costuma dizer que eu sou muito "pelucho". Pelucho significa "cheio de nove horas". Ela diz isso o tempo todo, deve ter inventado esses termos todos. Porque, pra ela, eu sou "fogo": "fogo no boné do guarda!"

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